Chover (ou Invocação Para Um Dia Líquido)

Cordel do Fogo Encantado

  • Enviado por: Pedromeister
  • Arranjo: Percussão

LETRA

(Composição: Clayton Barros, José Paes de Lira "Lirinha") "O sabiá no sertão Quando canta me comove, Passa três meses cantando E sem cantar passa nove Porque tem a obrigação De só cantar quando chove* Chover chover Valei-me Ciço o que posso fazer Chover chover Um terço pesado pra chuva descer Chover chover Até Maria deixou de moer Chover chover Banzo Batista, bagaço e banguê Chover chover Cego Aderaldo peleja pra ver Chover chover Já que meu olho cansou de chover Chover chover Até Maria deixou de moer Chover chover Banzo Batista, bagaço e banguê Meu povo não vá simbora Pela Itapemirim Pois mesmo perto do fim Nosso sertão tem melhora O céu tá calado agora Mais vai dar cada trovão De escapulir torrão De paredão de tapera** Bombo trovejou a chuva choveu Choveu choveu Lula Calixto virando Mateus Choveu choveu O bucho cheio de tudo que deu Choveu choveu suor e canseira depois que comeu Choveu choveu Zabumba zunindo no colo de Deus Choveu choveu Inácio e Romano meu verso e o teu Choveu choveu Água dos olhos que a seca bebeu Quando chove no sertão O sol deita e a água rola O sapo vomita espuma Onde um boi pisa se atola E a fartura esconde o saco Que a fome pedia esmola** Seu boiadeiro por aqui choveu Seu boiadeiro por aqui choveu Choveu que amarrotou Foi tanta água que meu boi nadou*** *Zé Bernardinho **João Paraíbano ***Toque pra boiadeiro